Crônicas da Noite – A Lua dos Desgarrados. Parte 1

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Gilbert sentado em sua varanda não mais se lembrava há quanto tempo partilha desta vida insólita. Perdera as contas dos anos desde que conhecerá seu mentor desaparecido. Porém, nesta noite de lua espantosamente cheia. Mais uma vez voltava aquele momento em Paris, quando em um pequeno Saloon enquanto degustava de seu vinho, foi abordado por aquele estranho homem.
Magro e alto vestido com roupas chinesas e óculos deixava em sua figura uma estranha impressão. Principalmente combinada com o fato de seu rosto não demonstrar nenhuma expressão. Lembrava-se do estranho calafrio que sentiu e de como este encontro o mudará.
Gilbert volta ao presente abruptamente ao ouvir um uivo mais próximo do que se deveria.
Sabia a tempos de rumores de lobisomens desgarrados estivessem vagando pelas redondezas, mas não pensou que teriam a tolice de se atrever a entrar em seu território.
Com grande agilidade ultrapassa a varanda e em um salto está no chão. Se um de seus servos o vissem com certeza ficariam perturbados por vê-lo cair do segundo andar sem um arranhão. Mas não havia tempo de pensar nisto agora.
Atravessando os campos, mais ao norte perto da floresta da onde vem o ruído. Gilbert primeiramente sobe em uma árvore e oculta sua presença enquanto observa a cena que se desenrola no local.
Gilbert sente o cheiro de sangue fresco antes mesmo de ver a moça que corre para entre as arvores em desespero do lugar que ela vem é possível se ver uma casa que agora está em chamas. Atrás dela um lobisomem de quase dois metros em seu encalço.
A moça sem perceber corre em direção da árvore de Gilbert.
-Perfeito. – pensa o Conde enquanto um sorriso silencioso se espalha por sua face. Assim que a moça passa e continua seu caminho, Gilbert resiste ao impulso de segui-la pelo cheiro de sangue. Em lugar disto ele vê a fera que se aproxima. Sacando as suas armas preferidas, duas nunchakus dadas por seu mestre. Gilbert arremessa uma nunchaku, que acerta uma das pernas do lobo.
Surpreso, vira-se em direção do possível agressor, mas não rápido o suficiente para aparar um golpe de Gilbert que salta da árvore diretamente sobre o peito da fera.
O lobo se esquiva, e prepara-se para atacar. Suas garras quase acertam a cabeça de Gilbert errando por pouco. Gilbert tenta golpea-lo mais falha e atinge a árvore próxima. O lobo se aproveita e difere um golpe que rasga seu ombro. Sentindo a ferida arder. Gilbert se prepara revidar, colocando toda sua força no próximo golpe. Consegue acertar em cheio o pescoço da fera com seu nunchaku de prata, e ela vai ao chão em agonia. No entanto o triunfo deste golpe é abreviado quando Gilbert vê mais duas feras surgirem a sua frente. Apesar da situação em que se encontra em algum canto no fundo de sua mente o cheiro do sangue fresco da moça ainda persegue seus pensamentos.

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